Os sistemas de workflow
tiveram origem a partir das pesquisas em automação de escritórios nos
anos 70. O principal foco destas pesquisas era oferecer soluções de como gerir,
armazenar, compartilhar documentos em organizações, com vista à diminuição da
manipulação de documentos em papel. A partir da década de 80, o principal
objetivo da tecnologia de workflow passou
a ser o de unir-se às chamadas “ilhas de trabalho e informação” individuais e personalizadas
de cada membro (ou pequeno grupo de indivíduos) de uma organização, procurando
a integração das ilhas através
do fluxo do trabalho entre elas. Nessa época existia uma preocupação de como
definir paradigmas e linguagens para a modelagem de processos de trabalho e como
construir arquiteturas para a implementação de sistemas capazes de melhor
interpretar e executar tais processos.
Nos anos 90, a tecnologia de sistemas de workflow evoluiu muito rapidamente, atuando,
ao mesmo tempo, como causa e consequência do também rápido crescimento das infraestruturas
de redes de computadores e dos ambientes para interação entre grupos que se
formaram em torno dessas infraestruturas. As recentes questões relacionadas ao
processamento distribuído e interoperabilidade entre aplicações trouxeram novos
desafios à definição e construção de arquiteturas para sistemas de workflow. Hoje, a tecnologia de workflow alcança bem mais do que a
redução do fluxo de documentos em papel nas organizações. Os conceitos e paradigmas
de trabalho em grupo, protagonizados pelas pesquisas em CSCW (Computer
Supported Collaborative Work - Trabalho Colaborativo Suportado por
Computador) e groupware (agenda
de conferências, correio eletrónico, vídeo conferência, por exemplo) influenciaram
a definição destes sistemas como ferramentas para a coordenação do trabalho de
equipas, impulsionando o seu desenvolvimento. Além disso, as necessidades de
interação intra-organizacionais estenderam-se para níveis inter-organizacionais
(Business-to-Business ou B2B), agora contando com o potencial da WWW.
Esse facto levou as pesquisas em workflow
a um novo patamar voltado para a definição de arquiteturas distribuídas de execução de processos.
O trabalho cooperativo, agora, é descentralizado, de forma a
permitir:
- Que cada parte do processo de workflow possa ser executada no local mais apropriado, usando os recursos disponíveis desse local;
- Que cada componente ou fragmento do processo remoto possa progredir o mais independentemente possível dos outros processos com os quais é coordenado;
- Que os dados locais, o estado de execução, as ferramentas e as demais partes do processo de workflow possam ser manuseados remotamente, de acordo com esquemas de segurança de acesso pré-definidos
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